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Além
da presença do secretário de cultura da prefeitura, Emilio Kalil, da
secretária do audiovisual, Ana Paula Dourado Santana, e do
diretor-presidente da Ancine, Manoel Rangel, a 14ª edição do evento foi
aberta nesta quinta-feira (27) com um discurso da nova ministra da
cultura, Marta Suplicy.
"É
enorme a satisfação que eu tenho de estar no Rio de Janeiro para abrir
este festival, que é um dos cinco maiores festivais de cinema do mundo",
discursou a ministra. "E para falar sobre o audiovisual, que é um
segmento estratégico para qualquer nação."
Apesar
disso, a grande atração da noite era o filme "Gonzaga - De Pai Pra
Filho", de Breno Silveira ("Dois Filhos de Francisco"). O longa é
encarado como a grande esperança do cinema brasileiro de equilibrar o
sucesso financeiro e crítico, algo que não aconteceu esse ano - em 2011,
"O Palhaço", de Selton Mello, também só apareceu no segundo semestre.
O
público recebeu a produção com entusiasmo. Não é de se espantar. Os
ingredientes são os mesmos do maior sucesso de Silveira. A história de
Luiz Gonzaga (1912-1989) é de forte superação, como foi a da dupla Zezé
Di Camargo e Luciano. Tanto Seu Francisco, quanto Gonzagão (interpretado
na maior parte do filme pelo músico Chambinho do Acordeon, uma grata
surpresa) são homens duros por necessidade, mas nunca malvados ao ponto
de afastar o espectador. As músicas tem raízes interioranas, populares.
Silveira
conduz o drama do Rei do Baião e sua relação problemática com o filho
que sempre rejeitou, Gonzaguinha (Julio Andrade), com a costumeira
sensibilidade artística, sem cair em pieguices e emocionando. Em certo
momento, o ator João Miguel rouba o filme como um "empresário" do
interior de Pernambuco, acrescentando um alívio cômico que não havia nos
longas anteriores do cineasta.
Mas
"Gonzaga - De Pai Pra Filho" possui problemas. O início do filme é
confuso, pulando entre linhas temporais sem muita explicação. A edição
tenta agrupar como pode histórias tão ricas, mas é instável, correndo
muito em alguns momentos em que deveria deixar a produção respirar.
Passa a sensação que a trama fluirá melhor como minissérie, como deve
acontecer ano que vem. Mas Nada que vá interromper o sucesso mais
antecipado do cinema nacional em 2012. (Informações da Folha de São
Paulo).
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