segunda-feira, 22 de abril de 2013

Curta-Metragem "Pátio", do mairiense Aly Muritiba é um dos selecionados SEMAINE DE LA CRITIQUE de CANNES.


O Curta-Metragem "Pátio", de Aly Muritiba é um dos selecionados SEMAINE DE LA CRITIQUE de CANNES. 
No último sábado (13/4), em São Paulo , o Curta-metragem "Pátio" de Aly Muritiba ganhou prêmio no festival mais importante da América Latina no Festival “É Tudo Verdade”. O curta foi vencedor do Prêmio Aquisição Canal Brasil e Melhor documentário.
Aly Muritiba nasceu em Mairi-BA, em 20 de fevereiro de 1979, é filho de Ailton da Brahma e Vera Lúcia Silva Muritiba. Em 1998 mudou-se para São Paulo e atualmente mora em Curitiba.
Filme.
Aly Muritiba 
Pátio, de Aly Muritiba - DOCUMENTÁRIO, COR, DIGITAL, 17MIN, 0, PR 
O premiadíssimo diretor Aly Muritiba – que ganhou tudo com seu A Fábrica, nos últimos tempos – ressurge agora com outro filme falando novamente das circunstâncias e coisas humanas que ocorrem nos presídios. Aqui, em Pátio, sai da ficção investindo no mundo documental: mas, ao contrário do que ocorria no curta anterior, e mesmo trabalhando em “categoria” que se pensaria menos flexível (a princípio, documentários trabalham mais em cima dos fatos, e a ficção tenderia a permitir mais delírios), o que consegue obter no sentido de mexer com a atenção do espectador é de maneira muito mais importante, para a observação mais humanizada do que é aquele mundo de encarcerados. 
Aly cria um plano – fixa uma câmera que “observará”, pelo vidro de uma janela, o pátio interno de um presídio – por onde passarão por diversos dias seres humanos agindo do modo mais natural à espécie: e os pega rezando o Pai Nosso, conversando, jogando bolas e brincando com os filhos nos momentos das visitas, enfim... Por outro lado, desvincula o áudio da obrigatoriedade de perseguir regularmente o que ocorre diante das lentes, criando contrapontos que despertam a atenção de modo a fazer com que tudo que é observado ganhe em riqueza e atenção: daria para comparar com sutis pimentas enriquecendo mais ainda um prato e despertando sensações mais variadas e ricas nas papilas gustativas. O documentário ganha nuances estéticas mais interessantes a partir desse gesto, e isso significa que além de o inserir num patamar que o afastaria da rigidez chata esperada dos trabalhos informativos, o faz tão rico em interesse quanto um de história bem contada: e isso captura.
Mas tudo ganha mais peso – e aí se retraga o A Fábrica para a discussão – quando se nota que o interesse do diretor está mesmo em revelar que há seres humanos do lado de lá das janelas ou grades: e isso não é atitude a ser desprezada. Até porque, no documentário, esse observar, incomodar, provocar, emotivar, se faz de modo natural, sem truques partidos do lado de lá. Por Cid Nader.
Da Redação do Blog Mairi news

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