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Piroquinha morreu na madrugada desta quarta-feira (21), após permanecer internado durante 15 dias no Hospital
Clériston Andrade, em Feira de Santana. De acordo com boletim médico e
informações da família, ele sofria de pneumonia e meningite, mas nos
últimos dias teve que ser transferido para uma UTI, já que o seu quadro
se agravou após contrair uma infecção hospitalar.
O
corpo do ex-prefeito chegou ao município de Pé de Serra ainda na
quarta-feira e foi velado durante toda a noite em sua residência. Desde
ontem, vários prefeitos, vereadores, lideranças políticas, populares e
familiares se revezaram em frente à casa de Piroquinha, que era viúvo.
Nesta
quinta-feira, desde cedo muita gente já se aglomerava em frente à
residência do ex-líder político. Por volta das 9h50, como previsto, o
corpo foi levado para a Câmara de Vereadores do município. “Ele foi uma
grande liderança, o primeiro prefeito, lutou pela nossa emancipação,
então era justo que a Câmara lhe fizesse essa homenagem”, explicou José
Raimundo Cordeiro, mais conhecido por Birineco, atual secretário de Administração do município.
O
prefeito Hildefonso Vitório decretou luto oficial por dois dias no
município. Nesta quinta-feira, o comércio praticamente não abriu e a
maioria das repartições foi fechada.
O sepultamento
Depois das homenagens na Câmara Municipal,
o corpo de Pedro Falconery Rios foi levado para o cemitério local,
seguido por uma multidão. Familiares, amigos, prefeitos, ex-prefeitos,
vereadores, lideranças políticas e populares foram se despedir do velho
líder. Pelas ruas e nas calçadas as pessoas aguardavam a passagem do
cortejo e aplaudiam a todo instante.
Quando
o cortejo chegou ao cemitério já passava de 11h. Um sol de mormaço
anunciava um novo tempo, como se fosse o inverno a se despedir do velho
líder. Dentro da capela e do lado de fora as pessoas se aglomeravam para
acompanhar a ‘recomendação do corpo’. Nesse instante, alguns filhos e
amigos proferiram rápidas palavras, todas elogiosas ao legado deixado
pelo ex-prefeito.
Presente,
o deputado estadual Jurandy Oliveira (PRP), também ex-prefeito de
Ipirá, sintetizou a grande presença de público no sepultamento e o
momento carregado de emoção. “Ele deixou uma grande obra aqui na terra,
com o seu prestígio e amizade que tinha com todos”, comentou o
parlamentar para o Interior da Bahia.
Em
seguida, o corpo foi levado para a sepultura. Vestidos com uma camisa
branca e com a foto do avô, os netos grudaram no caixão. Ao lado, os
filhos acompanhavam tudo e lamentavam a perda do velho pai. Carlos
Alberto (Miinho) estava bastante emocionado. Colado, José Fernandes (Zé
Peba) olhou fixamente para o caixão e não se conteve. Ao mesmo tempo, as
mulheres entoavam cânticos e músicas que simbolizavam o amor que tinham
por Piroquinha.
Quando
a última pá de terra foi colocada sobre o caixão, o relógio já marcava
mais de 12h. Bem próximo da sepultura, um homem dizia: “Aqui em Pé de
Serra ele fez muitas obras, principalmente com o povo”. De repente, não
se ouviu mais lágrimas nem choro de familiares. Era, talvez, o conforto
que todos precisavam ouvir. Porque tinham certeza que era a partida de
um guerreiro.
História e família
Pedro
Falconery Rios foi prefeito de Pé de Serra durante dois mandatos (1986 a
1989 e 1997 a 2000). Antes de Pé de Serra se emancipar, ele foi
vereador por Riachão do Jacuipe durante três mandatos, sempre com grande
votação.
Ele
era viúvo e deixou dez filhos: Pedro Raimundo, Ana Lúcia, José
Fernandes (Zé Peba), Antonio Jorge (Jorge Rios), Carlos Alberto
(Miinho), Romualdo, Luiz Sergio, Eduardo, Ana France e Ana Messias. Além
dos dez filhos, Piroquinha deixou 36 netos e 33 bisnetos.
Por Evandro Matos – especial para o Interior da Bahia (Foto: Marcio Araújo)
Fonte: Interior da Bahia
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